
UMA campanha nacional de promoção da poupança do dinheiro nas mãos dos moçambicanos foi ontem lançada, em Chimoio, província de Manica, pelo Presidente da República, Armando Guebuza.
A iniciativa, do Governo, visa incutir nos moçambicanos a cultura de poupança, depositar o dinheiro no banco e não enterrá-lo, de modo que, para além de criar juros, possa ser usado por outras pessoas, o que poderá alavancar a economia do país.
Falando no acto que marcou o início da presidência aberta e inclusiva à província de Manica, o Chefe do Estado destacou que “poupar é investir, é dinamizar a economia nacional e é melhorar a capacidade financeira para, no lugar do que designou de consumismo precipitado, apostar na poupança.
Guebuza destacou ainda a necessidade de cada moçambicano, tanto nas zonas rurais como nas urbanas, aderir à iniciativa, por representar “um dos estandartes que hasteamos para demonstrar a nossa determinação de continuarmos a melhorar a nossa capacidade financeira”.
O Presidente da República referiu que a poupança tem vantagens porque abre oportunidades para preparamos o nosso futuro, ao depositarmos o dinheiro no banco a ser usado por outros moçambicanos para a comprarem charruas, bois, moageiras e desta forma resolver os problemas da população à sua volta.
“Todos os moçambicanos têm pouco, mas em vez de enterrarem o dinheiro no chão, debaixo das árvores, podem depositá-lo no banco, por ser seguro e também permitir o crescimento da nossa economia – afirmou o Chefe do Estado, realçando a necessidade de promoção de práticas viradas para a reprodução crescente de bens e não no consumismo precipitado.
Segundo o Chefe do Estado, “poupar significa sacrificar o consumo de hoje para assegurar um consumo melhor e maior amanhã, significa deixar de gastar hoje, deixar de empregar os recursos em despesas que podem ser evitadas ou adiadas para melhor planificar a sua utilização amanhã, conseguindo assim alargar a base do nosso consumo de amanhã e dimensionar melhor o nosso futuro”.
Intervindo no acto, a Ministra da Administração Estatal, Carmelita Namashulua, considerou a acção como acto importante, lembrando que a poupança contribui para o crescimento do Produto Interno Bruto. Afirmou ser desafio do país estender a rede bancária dos actuais 53 para todos os 128 distritos. Sustentou ainda que o fundo de desenvolvimento distrital também está a revitalizar o crescimento da economia nacional.
Por seu turno, a governadora de Manica, Ana Comoane, indicou que as micro-finanças promovem o desenvolvimento das zonas rurais, havendo ainda a necessidade da cultura de poupança no empreendedorismo.
Fonte: Jornal Noticias, Maputo, Terça-Feira, 14 de Junho de 2011
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