quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Revisão do Codigo Penal Moçambicano: O Parlamento Moçambicano Aprovou na Generalidade (18/12/13)

A ASSEMBLEIA da República aprovou ontem, na generalidade, por consenso e aclamação o projecto de Revisão do Código Penal, submetido ao órgão legislativo pela sua Comissão dos Assuntos Sociais, Direitos Humanos e Legalidade. O documento, cuja iniciativa resulta da simbiose das propostas da bancada parlamentar da Renamo e do Governo, tem por objectivo ajustar este instrumento legal à realidade política, social e económica do país, apesar das alterações de que foi sendo objecto, ao longo dos mais de cento e vinte anos, algumas ainda durante o período colonial, outras já depois da Independência Nacional. Composto por 558 artigos, o documento propõe-se a responder à evolução dos comportamentos criminais, como resultado de vários factores, mormente o aumento da população, o desenvolvimento tecnológico, dos meios de comunicação, a crescente liberdade de movimentação e circulação de pessoas e bens, os conflitos armados, a criminalidade vem ganhando forma e notoriedade, afectando a ordem e tranquilidade públicas, a segurança e o bem-estar da população e de toda a sociedade moçambicana. Falando em plenário, o presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade da AR, Teodoro Waty, disse que na parte especial do novo Código Penal destaque vai para os crimes contra as pessoas, preponderando os crimes contra a vida, sendo a sua expressão máxima o homicídio, nas suas diversas formas. Em equiparação, para efeitos de punibilidade, ao lado dos homicídios, consagram-se os crimes de posse, transporte e tráfico de órgãos humanos. Estabelecem-se, como inovação, os crimes hediondos, como aqueles que são praticados com extrema violência e crueldade, causam profunda repugnância e aversão à sociedade, punidos com a pena máxima de quarenta anos, sem possibilidade de aplicação da liberdade condicional, o indulto, a amnistia e o perdão. Reelaboraram-se os crimes contra a vida intra-uterina. Ao lado do aborto punível, abriu-se a possibilidade legal de realização segura do aborto quando verificados certos condicionalismos a determinar pelos profissionais da saúde, tendo em conta o risco real da vida da gestante ou a impossibilidade real da gravidez. Nos crimes contra a integridade física, destaca-se, como inovação, a introdução dos crimes de maus-tratos e de sobrecarga de menores, pessoa idosa ou de incapazes. Nos crimes contra a liberdade das pessoas, o de cativeiro dá lugar ao tipo legal de escravidão. Introduzem-se, como inovação, os crimes de tráfico de pessoas e o de rapto. “Salienta-se que o crime de rapto, seguido de morte da vítima, passa a ser da categoria de crime hediondo, punido com a pena máxima de 40 anos”, frisou o deputado Teodoro Waty. No plano dos crimes sexuais, protegem-se as vítimas especialmente indefesas, como as crianças e os adolescentes, reforçando-se a protecção destes e procedendo-se à transformação dos crimes sexuais, até então concebidos como crimes contra a honestidade (fundados numa lógica de protecção da moral e ética em sociedade), em crimes contra a liberdade sexual. Alargou-se a tutela penal da liberdade sexual equiparando as ofensas sexuais idênticas (formas de penetração sexual) que até então eram tratadas diversamente. No Projecto criam-se novas tipologias de crime, tal como o crime de actos sexuais com menores (no caso, menores de 12 anos) e o de assédio sexual. Agrava-se a penalidade nos casos de transmissão de doenças infecto-contagiosas, como deve ser considerado o HIV/SIDA e atribuiu natureza pública aos crimes sexuais cometidos contra pessoas que vivam em estado de pobreza. “Importa destacar que o crime de estupro foi absorvido, quanto aos seus elementos fundamentais, pelo crime de violação, visando dar protecção igual a menores de 12 anos que sejam vítimas de violação sem sobrevalorizar a virgindade”, afirmou o Presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais da AR para depois frisar que “foi assim que a Comissão, na violação de menor de 12 anos, foi mais arrojada qualificando este crime como hediondo, sempre esperando que o Plenário nos acompanhe no raciocínio”. Repristina-se o crime de adultério a que passa a ser aplicável a pena de multa, eliminando-se a pena de privação da liberdade e abrindo não punibilidade das pessoas que mantenham relações poligâmicas. Nos crimes contra a honra, consagra-se como inovação o crime de discriminação, visando combater o preconceito contra a raça, sexo, religião, idade, condição física e social, bem como as restrições ou recusa de acesso aos estabelecimentos ou locais de utilidade pública. Os actuais crimes contra a propriedade, por razões conceptuais, dão lugar aos crimes contra o património no geral, sendo de realçar a introdução do crime de venda da Terra, visando manter-se intacta a propriedade do Estado sobre a Terra. Assim, nenhum cidadão, quer nacional, quer estrangeiro, residente ou não em Moçambique pode alienar, hipotecar ou penhorar a Terra, sem embargo das transmissões de direito de uso e aproveitamento da Terra relativas aos prédios urbanos, rústicos e servidões de interesse público, nos precisos termos permitidos por lei. No Código é introduzido o crime de burla relativo a investimento financeiro, a usura, a agiotagem, a violação dos direitos não patrimoniais e a administração danosa. Igualmente, encontrarão no novo Código os crimes informáticos e os relativos aos meios de pagamento e os crimes ambientais onde a inovação abrange os crimes de exploração ilegal de recursos florestais, disseminação de enfermidades, poluição, abate de espécies proibidas, entre outros. Nos crimes contra o Estado, introduz-se o de mercenarismo, de terrorismo e de ultraje contra os símbolos nacionais. Ao lado da vadiagem, consagram-se os crimes de embriaguez, mendicidade com utilização de menores. No Projecto encontrarão os crimes de açambarcamento, especulação, contrabando e delock out. Alarga-se o âmbito dos crimes de corrupção, passando não só a abranger o sector público, como também o privado, bem como se alarga o seu conteúdo. DESPENALIZAR O ADULTÉRIO ANTES da adopção deste documento, os deputados da Assembleia da República realizaram um debate no qual para além de terem chegado a consenso em torno da pertinência e oportunidade de adoptar o documento, sugeriram a alteração de algumas matérias com destaque para a despenalização do adultério e do abordo. A propósito desta questão, o presidente da comissão proponente, Teodoro Waty afirmou que a intenção do seu grupo de trabalho era de garantir a estabilidade da família, que é a célula base da sociedade, bem como evitar a prática de crimes passionais. “Assim, no projecto prevê-se a punição não só do adúltero, mas também do co-réu adúltero (destruidor ou destruidora de lares). Não conseguimos demover esta casa”, sublinhou o parlamentar da Frelimo. No que tange à questão da vadiagem, outra questão inserida na proposta do novo Código Penal que foi alvo de alguma polémica nos debates do plenário, Teodoro Waty, disse, nas considerações finais que encerraram os debates do plenário em torno deste documento, que o proponente vai procurar satisfazer a vontade manifestada pelos parlamentares, que é no sentido de descriminar esta acção. Porém, ressalvou o facto de que a obrigação constitucional do Estado é de criar condições para que o cidadão tenha direito a trabalho, coisa diversa de emprego, contrariando assim posições manifestadas pela oposição segundo a qual existe vadiagem no país porque o Estado não consegue dar emprego a todos. “Tal como na vadiagem, a Comissão acolhe, favoravelmente, o debate na generalidade, eliminando-se as disposições a seu respeito por faltarem fundamentos ético-sociais para a sua manutenção. Trata-se, registe-se, de uma contra-orientação aos esforços de extirpar este mal”, disse a fonte. De modo a tranquilizar alguns deputados que “não viam com bons olhos” a criminalização da prostituição, Teodoro Waty disse, a propósito, que a prostituição que se quer punir é aquela que é exercida fazendo estremecer os alicerces da moral pública e que atenta os esforços dos contribuintes com milhões de dólares orçados para a saúde pública. “Parece haver uma dose de incongruência, de investir milhões de dólares para prevenir a propagação de doenças infecto contagiosas e ter-se vergonha de punir quem as propaga, quando é possível prevenir”, lamentou o chefe do grupo proponente. No que concerne à pornografia, outro tema de destaque nos debates do novo Código penal, Waty afirmou que se interrogou sobre o facto de se ter defendido a não penalização da prostituição, elemento que, no seu dizer, é a base da pornografia. “Afinal o que torna vil a pornografia se os actos que nele tratam não ofendem o legislador?”, questionou, reagindo, particularmente, às intervenções de alguns parlamentares da oposição para depois apelar para a necessidade “do legislador ter de ser lógico”. Waty também pediu alguma coerência no que se refere à questão de embriaguez. Segundo disse, o projecto em causa procura punir aquele que se apresentar, em lugar público, com indícios de embriaguez, romper os freios morais, pondo em perigo a segurança própria ou alheia em virtude de ingestão ou consumo de bebidas alcoólicas ou outras substâncias. “Vossas excelências dizem para não se criminalizar a embriaguez por ser “importante um estudo profundo das causas, o envolvimento da família e a criação de condições apropriadas para a ocupação dos jovens, tais como emprego e lugares de diversão”. Já se vê que esta casa (AR) acha que a causa é a falta de emprego, a falta de criação de condições para a ocupação dos jovens e o facto de o álcool ser legal”, afirmou o deputado Waty. Com vista a desmistificar esta posição, o presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais convidou os seus pares a visitarem, de 20 de Dezembro a 2 de Janeiro, a esquadra mais próxima para ver quantos acidentes houve, quantas mortes e quantos danos a infra-estruturas públicas e privadas são registados. Também convidou os deputados a visitarem os doentes internados nos hospitais como consequência de embriaguez. “A embriaguez, caros colegas, é uma forma de destruição lenta da sociedade. O facto de ser uma destruição doce, não deixa de ser perniciosa. O álcool é uma droga”, defendeu. Fonte: Jornal Noticias, online, (19/12/13)

quarta-feira, 17 de abril de 2013

GOVERNO DE MOÇAMBIQUE APROVOU UMA NOVA TABELA DOS SALÁRIOS MÍNIMOS POR SECTOR DE ACTIVIDADE PARA O ANO 2013


O Conselho de Ministros aprovou ontem, durante a sua 10 a sessão ordinária, uma nova tabela dos salários mínimos por sector de actividade em Moçambique, com efeitos a partir de 1 de Abril corrente. Segundo a nova tabela, o maior incremento foi atribuído ao sector da indústria de extracção de minerais, cujo salário mínimo passa de 3.526 meticais para 4.651 meticais, como resultado de um ajuste de 31,91% (um dólar equivale a cerca de 30 meticais ao câmbio corrente). “Ainda no mesmo sector de indústria de extracção de minerais, exclusivamente para pedreiros e areeiros, o salário mínimo passa de 3.295 meticais para 3.888 meticais, em resultado de um ajustamento de 18,01 por cento”, anunciou o porta-voz do Conselho de Ministros, Alberto Nkutumula, que também desempenha as funções de vice-ministro da justiça. Para o sector da agricultura, caça e silvicultura o salário mínimo passa de 2.300 para 2.500 meticais, que corresponde a um reajuste é de 8,70%. No sector da pesca industrial e semi-industrial o salário mínimo subiu de 2.680 para 2.850 meticais, uma subida de 6,34%, enquanto o sector da pesca da kapenta o salario mínimo passou de 2.485 para 2.645 meticais, ou seja um incremento de 6,43%. No sector da indústria transformadora o incremento salarial foi de 10%, tendo passado de 3.585 para 3.943 meticais. A mesma percentagem foi atribuída ao sector de construção, que subiu de 3.177 para 3.495 meticais (10%). No caso exclusivo da indústria de panificação, o salario mínimo passou de 3.021 para 3.195 meticais, um aumento de 5,75% Para o sector de produção, distribuição de electricidade gás e água o salario mínimo passou de 3.817 passa para 4.107 meticais, um reajuste de 7,6%. O governo decidiu atribuir 9% ao sector das actividades dos serviços não financeiros, cujo salário mínimo passa de 3.510 meticais para 3.826 meticais. O sector das actividades financeiras teve um ligeiramente superior, comparativamente ao de serviços não financeiros, ao passar de 6.571 de para 6.817 meticais, que corresponde a um aumento de 10,47%. Para o caso do sector público, incluindo saúde, defesa e segurança, Nkutumula explicou que o reajustamento será em função das carreiras profissionais, mas que não deverá ser inferior a (7%) sete por cento. “Portanto, o salário mínimo da carreira mais baixa deixa de ser de 2.522 meticais e passa para 2.699 meticais”, disse o porta-voz do governo, para de seguida acrescentar, “ainda está a ser trabalhada a tabela de reajustamento consoante as carreiras na função pública e muito brevemente o Conselho de Ministros vai-se pronunciar sobre o assunto. Questionado sobre o caso dos médicos, que no início do corrente ano chegaram a organizar uma greve para reivindicar uma serie de questões, incluindo o salário, Nkutumula reiterou que “o salário dos médicos da polícia, dos professores e docentes em geral e demais funcionários, ainda está a ser trabalhado consoante as carreiras. O assunto foi abordado pelo conselho de Ministros mas como ainda não chegamos a uma conclusão sobre o aumento em termos percentuais”. O governo vai pronunciar-se sobre o assunto em devido tempo, explicou Nkutumula. Fonte(AIM), citado pelo Club of Mozambique, online (17 de Abril de 2013)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

O CNJ apresenta os resultados do Observatório da Juventude de 2012 ao Presidente da República de Moçambique

Os jovens dizem que, apesar das acções do Governo, ainda há muitos desafios que persistem e que inquietam esta camada social. Os sectores de saúde, educação, emprego e habitação são, dentre muitos, os que ainda deixam a juventude preocupada. As inquietações foram apresentadas ontem, em Maputo, num encontro que colocou frente-a-frente o chefe do Estado, Armando Guebuza, e jovens de algumas organizações e de quase todas as camadas sociais. A audiência concedida pelo Presidente, no âmbito do chamado “Contacto Permanente com a Juventude”, tinha como objectivo apresentar os “resultados do Observatório da Juventude”, uma espécie de auscultação pública havida ano passado. O Conselho Nacional da Juventude (CNJ) admite haver resultados visíveis em algumas das oito principais áreas eleitas para este estudo, mas há registo de muitos desafios. Por exemplo, “na educação, há necessidade de se garantir transparência e acesso à informação sobre as bolsas de estudo; reduzir os custos de acesso ao ensino superior; apetrechar de equipamentos adequados as escolas do ensino técnico profissional, bem como continuar a expandir a rede das escolas especializadas para os distritos”, afirmou Oswaldo Peterburg, presidente do CNJ. A saúde e habitação são as outras áreas que “tiram sono” aos jovens. “Melhorar o acesso aos cuidados básicos de saúde, em especial a saúde reprodutiva; reduzir o tráfico da rapariga, do consumo de drogas, de bebidas alcoólicas assim como do tabagismo. Na habitação, a necessidade de se padronizar os materiais de construção para reduzir os custos da construção; a cedência de espaços para a expansão das cidades, entre outras acções. Os jovens exigem que o executivo de Armando Guebuza aprove e implemente instrumentos legais que minimizem as inquietações desta camada social, que constitui a maior parte da população moçambicana. Entretanto, o chefe do Estado considera que os jovens devem mudar de atitude e serem eles os primeiros a lutar para vencer os seus próprios problemas. Armando Guebuza reafirmou este compromisso do Executivo na cerimónia destinada à apresentação dos resultados dos observatórios da juventude e de homenagem ao Chefe do Estado, que decorreu na Presidência da República a pedido do Conselho Nacional da Juventude. O CNJ decidiu homenagear o Presidente em reconhecimento do seu empenho directo e pessoal na promoção do diálogo com os jovens. O Presidente do Conselho Nacional da Juventude, Osvaldo Petersburgo, afirmou na ocasião que os jovens sentem-se honrados e privilegiados, pois em todos os distritos, nas presidências abertas e inclusivas, marca indelével da sua governação, o Chefe do Estado sempre encontra espaço para dialogar com a juventude de forma franca e aberta. O líder do CNJ disse que o Presidente da República tem participado em eventos organizados pelo movimento associativo juvenil, onde se informa sobre as realizações e preocupações da juventude, a destacar a Assembleia-Geral da agremiação, o Congresso da Juventude organizado pela Associação Internacional dos Estudantes (AISEC) e o Comité Central da Organização da Juventude Moçambicana (OJM). “Com as suas características pedagógicas tem-nos ensinado que, com auto-confiança, auto-estima, cultura de trabalho e auto-superação constante podemos combater a pobreza. Nos programas do Governo, sentimos plasmadas algumas acções concretas direccionadas aos jovens. São exemplo disso o programa Pró-Jovem, a institucionalização do Comité Intersectorial de Apoio ao Adolescente e Jovens (CIADAJ) e a inclusão do projecto Férias Desenvolvendo o Distrito nos planos económicos e sociais”, disse Osvaldo Petersburgo. O Chefe do Estado disse ainda na ocasião que o Conselho Nacional da Juventude continuará a ser interlocutor válido do Governo, desafiando os jovens para a mudança de atitude, entrega ao trabalho, paciência e a pautarem pelo espírito de competitividade. Explicitou que a mudança de atitude não pode ser vista como algo estático, mas sim dinâmico, enquanto o trabalho não pode ser encarado como suficiente. Os jovens têm de ter amor ao trabalho. Aludindo aos recursos naturais em descoberta, a exemplo do gás, Guebuza disse que todo o produto obedece a um ciclo de produção e leva o seu tempo. Assim, afirmou, a juventude deve ser activa em dizer que as coisas não surgem por acaso. O GOVERNO vai continuar a priorizar a juventude no quadro da agenda nacional de luta contra a pobreza, afirmou ontem, em Maputo, o Presidente da República, Armando Guebuza, ao receber os representantes de diversas associações juvenis filiadas no Conselho Nacional da Juventude (CNJ). Fonte: Jornal O Pais Online, Jornal Noticias, 07/02/13

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

JÁ SAIRÃO OS RESULTADOS DE EXAME DE ADMISSÃO DA UEM E UNIZAMBEZE

Desde das 19horas do dia 30 de Janeiro de 2013, já estava disponivel os resultados online dos Exames de Admissão à Universidade Eduardo Mondlane (UEM), e a Universidade Zambeze (UniZambeze). Para poder acessa-los basta seguir o link: http://www.admissao.uem.mz/resultados.php. Parabens aos admitidos e muita força para aqueles que não conseguiram que este ano prepare-se melhor.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O Governo Moçambicano precisa de cerca de 15 milhoes de USD para toda operação humanitária resultante das cheias no País

CONSULTAS preliminares entre o Governo e os parceiros indicam que serão necessários pelo menos 15 milhões de dólares norte-americanos para toda a operação humanitária resultante das cheias no país que já causaram a morte de pelo menos 36 pessoas desde o iníco da época chuvosa. Maputo, Segunda-Feira, 28 de Janeiro de 2013:: Notícias Todavia as necessidades assim como o número de mortes poderá aumentar com o evoluir da situação. Só em Gaza o número de mortes totaliza 26, sendo o total em todo o país, de 36 pessoas. Os distritos mais afectados são Chókwè e Guijá. Os dados mais recentes disponibilizados por fontes governamentais indicam que 48796 pessoas foram afectadas nestes distritos e estão abrigadas em seis centros de acolhimento, sendo que a população vulnerável como crianças, mulheres, idosos e doentes correm maior risco. Adicionalmente, 5 mil pessoas foram evacuadas para o distrito de Chibuto. O número total de pessoas afectadas na província de Gaza é de 65 mil. Contudo, esse número poderá facilmente atingir os 100 mil depois de Xai-Xai ser atingido pelas cheias. A Organização das Nações Unidas em Moçambique deu conta ontem que está a trabalhar em parceria com o Governo de Moçambique, ONG´s e outros parceiros na resposta à situação humanitária provocada por esta catástrofe. "Em colaboração com o Governo estamos a levar para as populações necessitadas na província de Gaza, com extrema urgência, água potável, alimentos, tendas e suplementos humanitários. Estamos prontos para enviar mais produtos à medida que se vão conhecendo as necessidades", disse Jennifer Topping, coordenadora humanitária da ONU para Moçambique. Através das suas agências, a ONU está a trabalhar no terreno nas áreas mais afectadas, onde já se procede a distribuição de alimentos, assim como a criação de estruturas para o abastecimento de água potável. Outros produtos disponibilizados incluem biscoitos altamente nutritivos para 25000 pessoas, 5000 redes mosquiteiras, 16 tanques de água e 3000 barras de sabão. Porém, recursos adicionais serão necessários para atender adequadamente as necessidades das pessoas afectadas. Segundo Topping, em coordenação com o Governo, em breve será lançado um apelo aos parceiros para disponibilizarem fundos adicionais para ajudar a lidar com esta emergência. As agências das Nações Unidas e parceiros estão actualmente a proceder a recolha e análise de informações para finalizar rapidamente um pedido de financiamento para o Fundo Central de Resposta de Emergência (CERF) para as intervenções mais urgentes e vitais. Enquanto isso, trabalha-se arduamente para o restabelecimento das comunicações rodoviárias através da EN1 e também via Chissano. A estrada para Chibuto cortou-se em quatro pontos, na quinta-feira, com crateras que atingem 70 metros de comprimento, 12 de largura e cerca de três de profundidade. Os quatro cortes estão todos entre Licilo e a ponte sobre o rio Munhuana. Cecílio Grachane, director-geral da ANE, que falou ao “Notícias” que homens e as máquinas já estão no terreno para resolver o problema. A ligação através de Chibuto deverá ser restabelecida até amanhã. Fonte: Jornal Noticias, Maputo 28 de Janeiro de 2013, versao online VAMOS SER SOLIDARIO PARA COM AS VITIMAS DAS INUNDAÇÕES EM MOÇAMBIQUE, CANALIZANDO O NOSSO APIO A CRUZ VERMELHA DE MOÇAMBIQUE E AO INSTITUTO NACIONAL DE GESTAO DAS CALAMIDADES NATURAIS.

Tráfego Rodaviario reatado na EN1 no troço no Xai-Xai e Chicumbane.

A CIRCULAÇÃO rodoviária na baixa de Chicumbane deverá normalizar-se nas primeiras horas de hoje, reatando-se a ligação, por estrada, entre Maputo, o sul de Gaza e o resto do país, interrompida na madrugada de sábado.Maputo, Segunda-Feira, 28 de Janeiro de 2013:: Notícias Até ao fecho da presente edição decorriam naquele ponto da Estrada Nacional Número Um (EN1) em Xai-Xai a montagem de uma ponte metálica para contornar a erosão que chegou a determinar a interdição do tráfego de viaturas desde as primeiras horas de sábado. De acordo com Francisco Pereira, Vice-Ministro das Obras Publicas e Habitação, a circulação de carros sobre a nova ponte seria retomada por volta das 23.00 horas de ontem, momento em que se previa terminar a montagem da estrutura metálica, deslocada de Inhambane para Chicumbane. Falando ao nosso Jornal a partir daquela baixa, Francisco Pereira, disse que o tráfego de carros seria aberto de forma limitada, ou seja, circular-se-ia num sentido de cada vez uma vez que a infra-estrutura é estreita e suporta peso limitado. “Estamos agora a lançar a ponte metálica. A nossa expectativa é que os trabalhos sejam concluídos até às 23.00 horas, altura em que se abrirá o tráfego”, disse o governante, cerca das 17.00 horas de ontem. A ponte cujos encontros sofreram efeitos da erosão é a primeira a partir de Chicumbane em direcção a Xai-Xai num universo de cinco unidades, sem contar com a móvel, mais conhecida por “Pontinha”, a que dá acesso à cidade capital de Gaza. Dados em nosso poder indicam que a ponte ficou com as suas fundações suspensas em consequência de uma erosão provocada pela corrente das águas. Cecílio Grachane, director-geral da Administração Nacional de Estradas (ANE), explicou que as águas transportaram sedimentos e vegetação, bloqueando a passagem por baixo da ponte, o que originou a erosão dos encontros. Técnicos da ANE que estiveram no local desde sexta-feira e na madrugada de sábado, decidiram pelo encerramento de passagem de veículos para permitir os trabalhos de correcção. Rapidamente formaram-se filas enormes de viaturas para atravessar o Limpopo desde a parte alta da cidade de Xai-Xai à zona da “Pontinha” e da entrada de Chicumbane em direcção à capital provincial de Gaza. O corte da circulação rodoviária em Chicumbane ocorreu dois dias após a destruição da ligação entre o posto administrativo de Chissano e a vila de Chibuto, o que fez com que Maputo e o sul de Gaza ficassem isolados do resto do país, cenário com custos económicos e estruturais, tendo em conta a dependência das demais províncias da capital do país. Cecílio Grachane, director-geral da ANE, disse na tarde de sábado que a montagem da ponte metálica interrompeu até a circulação de peões sobre a mesma, o que ainda acontecia até a noite de sábado. Nesse sentido, embarcações operadas pelas Forças Armadas de Defesa de Moçambique transportavam cidadãos de um ponto ao outro da ponte em causa, donde podiam caminhar no sentido de Xai-Xai ou de Chicumbane. Além do vice das Obras Públicas e do DG da ANE, os trabalhos tinham a supervisão de Elias Paulo, presidente do Conselho de Administração do Fundo de Estradas. Mesmo assim, milhares de outros passageiros e de automobilistas cuja natureza das condições e destinos não permitia largar um carro num ponto e continuar viagem num outro continuavam no local cerca de 36 horas à espera de uma luz verde para atravessar, o que deve ter ocorrido a partir das 23.00 horas de ontem. redigido por: José Chissano, em Chicumbane Fonte: Jornal Noticias de 28/01/13, Maputo, online. VAMOS SER SOLIDARIO PARA COM AS VITIMAS DAS INUNDAÇÕES EM MOÇAMBIQUE, CANALIZANDO O NOSSO APIO A CRUZ VERMELHA DE MOÇAMBIQUE E AO INSTITUTO NACIONAL DE GESTAO DAS CALAMIDADES NATURAIS.