sexta-feira, 24 de setembro de 2010

NO AMBITO DO COMBATE A POBREZA URBANA: Distritos municipais terão “sete milhões”






Anunciou ontem (dia 23 de Setembro de 2010) em Maputo, o PRIMEIRO-MINISTRO, Aires Ali, que o Fundo de Desenvolvimento de Iniciativas Locais os vulgos "7milhoes" vai também passar a ser alocado aos distritos municipais, para acelerar os esforços de combate à pobreza nas zonas urbanas.

Desde que foi criado em 2006, este fundo dos “sete milhões de meticais”, era apenas alocado aos 128 distritos do país para financiar iniciativas locais. Contudo, no âmbito da nova abordagem de combate à pobreza urbana, o Governo está também a equacionar a possibilidade de distribuir este fundo nos distritos municipais das 43 vilas e cidades do país. “A população urbana é uma prioridade e já faz parte do Plano Quinquenal do Governo e vamos agora acelerar o processo”, disse o Primeiro-Ministro.

Fonte: Jornal Notícias, Maputo, Sexta-Feira, 24 de Setembro de 2010::



Algumas notas sobre a nova medida do Governo: alocação dos "7 milhões” Distritos municipais.


Esperamos que com essa medida, venham a ser criadas mais postos de emprego, para proporcionar mais renda as famílias carenciadas nas zonas urbanas, de modo a que elas tenham maior poder de compra. Todavia, essa medida devia ser acompanhada de uma reforma agrária profunda, que compreendesse a mecanização da agricultura para aumentar a produtividade rural, de modo a abastecer as populações das cidades que passaram a ter maior poder, e consequentemente a procura ira aumenta, provocando assim a subida dos preços no seio urbano, sem falar da importação dos produtos da primeira necessidade, que registara um aumento significativo.

O Estado devia, em paralelo abrir e melhorar as vias de acesso do interior/campo para cidade, de modo a permitir um escoamento flexível dos produtos do campo para a cidade. Não só, com também, monitorar as zonas agrícolas a todos os níveis para permitir a redistribuição de bens alimentício em vários pontos do Pais.

Finalmente, esperamos maior transparência e idoneidade na gestão, e na devolução do mesmo fundo, para garantir que o número de beneficiários seja consideravelmente maior. E que não se repitam os erros cometidos nos distritos quando esses fundos começaram ser alocados, pois, já existem muitos estudos sobre o mesmo fundo, dai que era caso para dizer, “ilustres membros do governo consultem a academia, para melhores conselhos”.
Pois, errar human est, preserverari diabolic est.

Tenho dito.

Maputo aos 24 de Setembro de 2010

Destilado por: Luis José Jobe Fazenda

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