quinta-feira, 24 de março de 2011

Portugal esta sem Governo: Primeiro-Ministro PortuguesJosé Sócrates demitiu-se ontem (23/03/11)




O primeiro-ministro português José Sócrates apresentou a demissão ao presidente da república depois do parlamento chumbar o Plano de Estabilidade e Crescimento, esta quarta-feira.

“O presidente da República recebeu hoje (ontem), em audiência, o primeiro-ministro, o qual lhe apresentou o seu pedido de demissão”, informou um comunicado divulgado na página oficial da presidência portuguesa.

O comunicado anuncia que Cavaco Silva iria promover, no dia 25, audiências com todos os partidos com representação parlamentar, “mantendo-se o governo na plenitude de funções até à aceitação daquele pedido”.

Minutos depois, Sócrates fazia a comunicação da sua demissão através da imprensa portuguesa e internacional, na qual revelava que apresentara a sua demissão: “hoje (ontem), todos os partidos da oposição rejeitaram as medidas que o governo propôs para evitar que Portugal tivesse de recorrer a programa de ajuda externa. Fizeram-no, recusando qualquer negociação, qualquer compromisso, qualquer espaço para o debate político.

“A oposição retirou ao governo todas as condições para continuar a governar, consequentemente, apresentei agora mesmo ao sr. presidente da república a minha demissão do cargo de primeiro-ministro” – afirmou José Sócrates na sua comunicação ao país.

De forma consciente, a oposição retirou ao governo as condições para governar. Apresentei ao senhor presidente da República a demissão do cargo de primeiro-ministro”, anunciou José Sócrates na sua primeira intervenção pública, depois do chumbo do PEC 4 na Assembleia da República.

Mais, disse Sócrates que a crise política portuguesa “era evitável” e que podia “haver quem pense que hoje (ontem) teve uma vitória no jogo político. …hoje, o país perdeu, não ganhou”.

Os partidos da oposição chumbaram, unanimemente, o 4° pacote de austeridade, em menos de um ano, apresentado pelo governo socialista. O chefe do executivo acusou a oposição de calculismo político e de colocar os interesses partidários acima do interesse nacional.

O presidente Cavaco Silva vai agora reunir-se com o conselho de Estado e só então deverá dissolver o parlamento e convocar eleições antecipadas.


Sócrates vai a voto

Na mesma comunicação, José Sócrates anunciou que vai a eleições e que “agora, como sempre, acredito nos portugueses e em Portugal”.

Sócrates disse ter “consciência da seriedade da situação” e frisou que travara uma luta “para proteger o país da necessidade de recorrer a um programa de ajuda externa”. No fundo, disse “para Portugal não ficar na situação da Grécia ou da Irlanda”.

Na mesma altura, o secretário de Estado espanhol para a União Europeia, Diego López Garrido, garantia que a crise económica vivida, actualmente, em Portugal, assim como, o eventual resgate financeiro não teriam efeitos na Espanha.

López Garrido declarou que as actuais “turbulências” em Portugal não afectavam Espanha e que o país não sofria os problemas que passou com a dívida soberana há alguns meses.

“As ondas concêntricas que podem produzir desestabilização financeira, como em Portugal, não estão a ter efeitos”, afirmou.

Fonte: euronews.net

Mas custos para a governo Portugues que se encontra em maus lecoes financeiramente. Podemos concluir que a politica obedece a logica propria de politica.

Na minha opiniao qualquer Governo na posicao de Governo de Socrates em Portugal teria as mesma dificuldades de governacao, como resultado da crise financeira. No entanto, vamos esperar os milagres do nosso Governo, onde o mesmo Socrates e candidato a sua propria sucessao.
Espero que o cenario politico econmico de Portugal e do mundo em geral melhore nos proximos dias.

Tenho dito.

Um comentário:

QUID JURIS? JOBE FAZENDA disse...

José Sócrates reeleito secretário-geral do PS


O líder do PS assegura assim a primeira vitória rumo as São Bento

José Sócrates conseguiu mais votos expressos e mais delegados do que em 2009. Obteve uma vitória clara nas eleições directas ao cargo de secretário-geral do Partido Socialista (PS), com 26 713 votos (93,3%), superando Jacinto Serrão, com 954 votos (3,33%), Fonseca Ferreira, com 728 (2,54%), e António Brotas, que reuniu 257 votos (0,9%), anunciou a Comissão Organizadora do XVII Congresso Nacional do partido. As eleições de sexta-feira e sábado terminaram com uma percentagem de participação de 89,95%, depois do apuramento de 717 das 721 secções de voto, contabilizando-se ainda 390 votos brancos (1,34%) e 99 nulos (0,34%).

Enquanto isso, continuam as trocas de acusações em Portugal no contexto da crise política, económica e financeira. O ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, considerou “lamentável” que o presidente do Partido Social Democrata (PSD), Pedro Passos Coelho, necessite de ajuda externa para viabilizar um programa “que não tem até hoje a coragem de identificar plenamente perante os portugueses”.

“Alguma coisa que tem sido recorrente nas declarações sucessivas de Passos Coelho. Várias vezes ouvimos lhe dizer que estaria disponível para governar com a intervenção do Fundo Monetário Internacional”, disse Lacão, reagindo à entrevista do líder do PSD à SIC. O ministro insistiu que “a verdade é que a intervenção externa do FMI colocará o país numa situação muito mais gravosa do que aquela que resultaria em medidas de austeridade e exigentes, que o Governo propôs através do Programa de Estabilidade e Crescimento”. Para o país, seria muito melhor que pudéssemos, com as nossas próprias forças, com a nossa própria autonomia, com o nosso prestígio no cenário internacional, assumir a capacidade de, por nós próprios, resolvermos os nossos problemas”, reforçou Lacão. O líder do PSD teria dito que se deve fazer tudo para evitar a ajuda internacional, mas reafirmou que, se for necessário, pode pedir esse mesmo apoio. Pedro Passos Coelho admite que o Governo demissionário pode pedir um “empréstimo de emergência” para evitar que Portugal entre em “default”. Em entrevista à Reuters, o líder do PSD espera, no entanto, que essa ajuda internacional não seja necessária. “Penso que devemos evitar uma situação como essa”, diz o líder do PSD e reafirma o empenho do partido em cumprir com os valores do défice em 2011 (4,6%) e seguintes.

Segunda, 28 Março 2011 08:21 Redacção